sábado, 12 de abril de 2008

A terra das roupas para bebês



A TERRA DAS ROUPAS PARA BEBÊS
Com 50 fábricas no setor, cidade do Paraná não tem desempregados há cinco anos

Lino Teixeira Enviado especial

Jornal O GLOBO
Dia 10/04/2008 Caderno Economia Página 30

TERRA ROXA (PR). A pequena Terra Roxa, no extremo oeste do Paraná, esta trocando a agricultura pela industria de confecção.

Os moradores da cidade – conhecida como a capital brasileira da moda bebê – não sabem o que é desemprego há pelo menos cinco anos , quando começou o boom das fabricas de roupas para recém-nascidos. Segundo o censo de 2000 do IBGE, são cerca de 17 mil habitantes, mas a prefeitura estima que a população atual da cidade já supere 30 mil pessoas. A agricultura ainda é o principal motor da economia local, mas o trabalho em Terra Roxa começa a migrar para as mais de 50 industrias formais de confecção lá instaladas, e para outras ainda não formalizadas.

A Secretaria Municipal de Indústria e Comércio calcula que somente o setor de confecção infantil emprega diretamente cerca de 3 mil pessoas e movimente R$25 milhões ao ano.

Há ainda muitas confecções, mantidas pelas próprias empresas e que produzem parte das roupas, onde a informalidade é total. Nesses locais, o empregado tem um salário de R$500 em média, até maior que o dos contratados com carteira, mas não conta com proteção social.

DA PRODUÇÃO CASEIRA À EXPORTAÇÃO
Pólo de roupas para bebê começou com dona de casa que decidiu fazer o enxoval dos filhos

Ela é vista como um exemplo a ser seguido entre as mulheres de Terra Rocha. No fim dos anos 80, Celma Assis Rossato começou a transformar uma atividade doméstica no que é hoje o grande negócio da cidade: a produção de roupas para recém-nascidos. Para economizar, ela começou a fazer em casa os enxovais dos filhos. O bom gosto e os detalhes bordados das roupinhas dos primeiros dois filhos (Jean, hoje com 22 anos, e Daiane, com 21) acabaram caindo no gosto das vizinhas e das amigas.

Como não havia nada parecido no comércio da cidade, Celma viu uma oportunidade de ganhar algum dinheiro e passou a fornecer peças aos lojista, que pagavam depois de vender. A produção de enxovais completos aumentou, e para atender aos pedidos, ala transformou o quarto da filha Daiane em uma espécie de show room. Conhecido como o “paraíso de Celma” acabou originando o nome da sua empresa.


Em pouco tempo, o micronegócio Paraíso Bordados e Confecções passou a ser a maior fonte de renda da família. A máquina de costura a pedal que Celma havia ganho de aniversario do pai, José Anor de Assis, e onde eram costuradas e bordadas as peças, já não dava mais conta das encomendas. O marido, Eugênio Rossato, aplicou todo o dinheiro das férias que vendeu no emprego para comprar uma máquina para bordar. Não foi suficiente.

Em pouco tempo, ele teve que sair do trabalho, investiu na expansão da fábrica e um novo maquinário. A produção cresceu, e Celma a vender suas roupinhas em toda a região e em São Paulo.

- A minha terceira gravidez abriu meus horizontes – afirmou ela, que deu início à fabrica que hoje produz 300 mil peças por mês e emprega 600 funcionários, sendo 200 deles com carteira assinada.

Suas roupinhas são vendidas em praticamente todo o Brasil, e os planos agora são de ampliar a produção e exportar as roupas para países da América do Sul.

Atualmente, são justamente Jean e Daiane (são quatro filhos no total), além do marido Rossato, que estão no comando da Paraíso Bordados, embrião do hoje pólo da indústria paranaense de moda bebê.

- Chegou a hora de me afastar e deixar eles criarem asas para alçarem vôo – disse Celma.


RESUMO E ANALISE CRITICA

Trata-se de uma matéria jornalística onde o autor mostra a pequena cidade Terra Roxa, no extremo oeste do Paraná que esta trocando a agricultura pela industria de confecção. Para explicar a importância do aparecimento das confecções para região o autor mostra que mesmo com as dificuldades geradas pelo seu crescimento desordenado, a industria de moda bebê já responde por 30% do PIB da cidade e empregam cerca de 3 mil pessoas.

Tudo começou no final dos anos 80 quando Celma Assis Rossato transformou o simples ato de confeccionar o enxoval de seus filhos em um empreendimento que hoje é o responsável pela grande transformação da economia da cidade, a produção de roupas para recém-nascidos. Hoje sua empresa emprega 600 funcionários, sendo 200 com carteira assinada. Suas roupinhas são vendidas em todo o Brasil e estão nos planos atuais a exportação para países da América do Sul.

O autor mostra de maneira imparcial e esclarecedora o empreendedorismo de Celma Assis Rossanato que transformou uma atividade doméstica em um negocio que hoje é considerado o grande negócio da cidade.

Essa matéria é de grande importância para administração, pois mostra o exemplo da iniciativa empreendedora para o desenvolvimento econômico, a geração de riquezas e a geração de empregos. Mostra também a capacidade de identificar oportunidades e transformá-las em projetos de possíveis realizações bem sucedidas.

2 comentários:

Anônimo disse...

procuro fabricas com foco em vendas no rio de janeiro sou representande da lolli kids e vendedor da rovitex meu email

mauriciovendedor10@yahoo.com.br

Unknown disse...

Olá boa- tarde,meu nome é Izabella, moro na Bahia sou representante de uma distribuidora da kuka,neopan e loly, e tenho muito interesse de ingressar tb com vestuario de recém nascido, e infantil. Favor entre em contato
izabellachagas@gmail.com